de Federico Garcia Lorca
Elinga-Teatro . Angola
Durante cinco anos Yerma procura que o seu marido lhe dê um filho. Para isso vai esperar, lutar, desesperar-se, recriminar, enchendo-se pouco a pouco de ódio e de silêncio. A revolta contra a causa – directa ou indirecta – do seu fracasso existencial leva-a a destruir aquela que é a única possibilidade de realização do seu sonho. Yerma, a estéril ou infecunda, não abdica da sua honra e assume-se como instrumento trágico do seu próprio destino, enquanto à sua volta se canta e dança um rito de fertilidade.
“Mais do que a questão da esterilidade feminina ou da maternidade frustrada, o que está superiormente expresso em termos poéticos e simbólicos em Yerma é a tragédia de todos os que não conseguem realizar a sua plenitude vital ou que vêem estiolar o seu potencial criativo, em razão da ignorância, do preconceito, da repressão ou das forças desencontradas do destino.”
José Mena Abrantes
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Oficina Municipal de Teatro, 12 Dez, 21h30 e 13 Dez, 18h00
ficha técnica
encenação José Mena Abrantes
elenco Patrícia Abreu, Carlos Cardoso, Manuela Romão, Raúl Rosário, Anacleta Pereira, Pulquéria Bastos, Palmira Alfredo, Lúcia João, Amor de Fátima, Odemira Lobo, Anabela Vandiame e Fábio Cassule.
música Hugo Franco
luminotecnia Ferdinando Montevechi
vestuário Muambi Wassaki
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