Em conformidade com o plano para o ano de 2003, segundo o qual se previa a criação e a abertura da estrutura de biblioteca que integra os centros de intercâmbio teatral da Cena Lusófona, tiveram lugar, em Bissau, e depois na cidade de S. Tomé, as duas primeiras oficinas de formação sobre organização de biblioteca.
A equipa técnica responsável pelo CDI elegeu como objectivo geral a atingir pelos formandos que participaram nestas oficinas, o seguinte: a compreensão prévia de qual deve ser o papel da biblioteca teatral, no âmbito do CIT, sabendo para este efeito utilizar as técnicas fundamentais de organização de biblioteca, tal como aquelas que se referem à catalogação e classificação de monografias. Tratava-se de um objectivo muito ambicioso, designadamente, tendo em linha de conta dois aspectos: o facto de as acções de formação se concentrarem numa só semana útil, em 2 sessões diárias, cada uma de três horas; além de que havia a preocupação de colocar as pessoas a trabalhar o mais possível com os livros, de forma a desenvolver e a aplicar as técnicas de processamento documental. Ora, havia ainda que contar com as debilidades do sistema de ensino daqueles países, e com as fragilidades inerentes às infra-estruturas locais de informática e de telecomunicações.
Porém, a adesão registada no número dos inscritos nestas acções e o entusiasmo colocado pelos formandos, em qualquer um destes países, revelou desde logo, o êxito que estas iniciativas envolveram. Assim, as oficinas que foram pensadas e dirigidas para serem frequentadas, sobretudo, por pessoas ligadas ao teatro e às artes cénicas, acabaram por incluir devido à adesão que suscitaram, formandos ligados a outras instituições nacionais de ensino e cultura dos países onde elas tiveram lugar.
Como objectivos específicos a atingir pelos formandos de cada oficina no final da acção, pretendia-se que estes desenvolvessem competências que lhes permitissem, o seguinte:
1. Reconhecer a natureza diversa dos serviços de biblioteca;
2. Distinguir os diferentes circuitos técnicos de uma biblioteca;
3. Reconhecer as necessidades de cada utilizador;
4. Expor ideias sobre o papel da biblioteca teatral;
5. Catalogar uma monografia com a ajuda das normas;
6. Indexar, classificar e cotar uma monografia, através da Classificação Decimal Universal e da Classificação de Teatro e Artes Cénicas da Cena Lusófona
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