de Robert Schneider
Quinta Parede . Portugal
Um estrangeiro, iraquiano, trabalhador ilegal, antes da saída para os vários bares onde trabalha vendendo flores, medita sobre a sua condição. Sobrevive ao seu presente, persegue o seu passado e prevê o seu futuro. Num jogo entre si e o seu espelho – o público. Jogo de medos e de revoltas, mas também de poesia e doces – amargas nostalgias. Ele previne-nos contra si mesmo e os seus semelhantes, ele é generoso e arrogante, amargo e afectivo. Ele joga ao dilema eterno do ser e do não – ser. Ele propõe-nos uma mútua projecção, lírica e pungente. Dos nossos temores mais arcaicos tornados vivos pela sua presença. Dos seus desejos e medos mais profundos personificados pela nossa branca pele e pela nossa “grande” civilização.
Neste jogo dramático, joga-se ao prazer e à dor, que a ambiguidade da arte propõe, para nos fazer mergulhar numa noite de reflexão e sonho.
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Oficina Municipal de Teatro, 11 de Dezembro, 24h00
ficha técnica
encenação e tradução José Caldas
interpretação Dom Petro Dikota
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