“O Lutador” é uma peça de teatro musical colectiva dos Fidalgos, que se pode adaptar tanto ao contexto guineense como internacional, porque é um exemplo nítido do exôdo rural para as cidades ou do fenómeno migratório de Países subdesenvolvidos para os ditos industrializados/desenvolvidos. Mas a realidade é que essas pessoas vão à procura de melhores condições sócio-económicas.
“O Lutador” retrata uma forte tradição do mito à volta dos videntes (homens grandes sábios encarnados pelos irãs) que podem decidir o futuro de alguém. Alegando o nascimento de um sobredotado numa tabanca (aldeia) doente, estes confirmam que haverá uma tragédia se o Lutador não deixar a tabanca. Isto levou uma tabanca inteira a reunir-se para encorajar o Lutador a arrumar as suas bagagens e seguir o seu destino para a cidade. A chegada à cidade não é o que ele esperava e está bem longe de todos os seus sonhos, deparando-se com inúmeras dificuldades.
Cansado da cidade resolveu voltar para a tabanca, doente e sem recursos. A sua chegada e a sua morte foram quase simultâneas e, assim, morreram os sonhos de uma tabanca desenhada por um vidente. Durante a cerimónia fúnebre (toca choro) nasce um outro Lutador.