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Prácticas
Cénicas Interculturais PRÁTICAS cénicas interculturais foi a proposta que a Cena Lusófona desenvolveu em Coimbra no mês de Julho. De 23 a 31, os palcos da cidade ofereceram quatro olhares teatrais que têm em comum a miscigenação cultural na comunidade lusófona. Teatro Académico de Gil Vicente, A Escola da Noite e o estúdio da Bonifrates, foram os espaços da iniciativa. Assim, À Volta da Língua um espectáculo dirigido por Carlos do Rosário, propôs uma leitura diferente de textos de autores de língua portuguesa no Teatro Estúdio da Bonifrates. Xtórias, pelo Arte Pública de Beja, é um espectáculo construído através de vários contos recolhidos no Baixo Alentejo e no povo Maconde em Moçambique, Karingana, de Luís Carlos Patraquim, um espectáculo do Bica Teatro, inspirado no título do livro "Karingana Wa Karingana" do poeta moçambicano José Craveirinha, desmultiplica-se em várias estórias com três actores que se cruzam no universo urbano e rural, com a memória do tempo e da poesia. Mar me Quer, de Mia Couto, um espectáculo do Teatro Meridional, encerrou o PRÁTICAS cénicas interculturais. Depois da adaptação do romance "A Varanda do Frangipani", o Teatro Meridional, voltou a pegar numa narrativa de Mia Couto e ultrapassou, mais uma vez, a tendência de categorizar aprioristicamente um texto com sendo "não teatral". As PRÁTICAS cénicas interculturais juntaram, num mesmo período, experiências múltiplas na "interculturalidade lusófona" com o propósito de criar um clima de mostra, reflexão, debate entre os agentes que as concretizam e tendem a realizar-se com regularidade (de dois em dois anos) sempre em Julho, sempre em Coimbra. Em 2001 foi assim.
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