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Teatro
da Garagem "É a 3ª produção do PENTATEUCO. Através do teatro tentamos compreender alguns aspectos da génese cultural e civilizacional portuguesa. A Peregrinação constitui mais um episódio das viagens no tempo, feitas pelo Viajante, a personagem condutora da acção. Nestas viagens, o Viajante reencarna amnésico de parte substancial das experiências anteriores, consistindo o seu percurso na recuperação peculiar da memória perdida, nesse momento, quando se "lembra de tudo", ele está pronto a desmaterializar-se, a partir, levando consigo a "ressonância/lembrança" da época que visitou. Portugal é pois o mote para uma celebração humanista, eivada de um espírito português. A saudade como conceito síntese deste espírito surge aqui como "gerúndio da ausência", ou seja, como catalisadora da figuração de um amor realizador (...). Esta peça, como todas as peças, propõe um jogo; neste caso temos um jogo trágico-cómico sobre o tema da identidade: afinal o que é isto, o que pode representar isto de ser português, no final do séc. XX?" Carlos J. Pessoa |