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GRUPO TAPA
Essas 34 montagens valeram ao TAPA uma colecção completa de todos os prémios teatrais brasileiros disponíveis. São 63 entre Moilêre, Shell, Mambembe/Fundacen, APCA, APETESP, Governador do Estado de São Paulo, só para citar os mais importantes. Dentre eles merecem destaque os prémios a dois textos inéditos de autores brasileiros lançados pelo TAPA: "As Raposas do Café", de Celso Luís Paulini e Antônio Bivar (MoIiêre/90 e APCA/90) e "Querô, uma reportagem maldita", de Plínio Marcos (Shell/92 e APETESP/92). Em algumas montagens o TAPA trabalhou com artistas consagrados, como convidados: Aracy Balabanian, em "O Tempo e os Conways", Rio, 85; Beatriz Segaíl, na mesma peça, São Paulo, 86; Paulo Autran, em "Solness, o construtor", de lbsen, São Paulo, 88; Walderez de Barros, em "Nossa Cidade", 89, "As Portas da Noite", 92/93 e "Querô, uma reportagem maldita", 92/93, todas em São Paulo; Umberto Magnani, em "Nossa Cidade", 89, São Paulo; e novamente Beatriz Segaíl e Nathália Timberg em "Do fundo do Lago Escuro", de Domingos de Oliveira em 97. A credibilidade e a competência profissional do Grupo TAPA valeram-lhe também a conquista de algumas importantes concorrências públicas: Projeto Arte em Cena, da Nossa Caixa-Nosso Banco, com "Nossa Cidade", em 89; Centenário de Oswald de Andrade, da Secretaria do Estado da Cultura de São Paulo, com "As Raposas do Café", em 89; Projeto de Pesquisa Cênica, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, com "A Megera Domada", em 91 e novamente em 92 com "Querô, uma reportagem maldita". Além disso, é preciso compreender que a sobrevivência de um grupo teatral no Brasil por mais de uma década e meia é uma extraordinária proeza de raríssimos exemplos. Ela só é possível, nas condições absolutamente adversas do Brasil de hoje, porque existe por detrás do grupo uma ideologia consistente, uma visão de mundo totalmente enraizada na expressão cénica como actividade preponderante e uma convicção na eficácia do teatro como instrumento de promoção humana e transformação social. Coerente com a concepção de que o teatro deve ser uma ferramenta cultural dinâmica o Grupo TAPA, a partir de 1986, se fixou em São Paulo, no teatro Aliança Francesa, fato que permitiu à equipe contar com um espaço fixo. A sede não significou redução de trabalho, ao contrário, além da promoção de actividades culturais (oficinas, cursos, debates), o Grupo TAPA tem realizado temporadas no Rio de Janeiro e excursões pelo interior de São Paulo e pelo país. |
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