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Teatro Popular

A vida de Roberto do Diabo
Cavalhadas na Beira Baixa
Teias de Cordel
Um Teatro de sete fôlegos
A Descoberta da Moura*
Teatro em Subportela
A folia e o andor
Os Turcos de Crasto*




Um Teatro de sete fôlegos


Ignorado, desprovido de apoios, o Teatro Popular continua a subir ao tablado. E, como acontece com o Auto de Santo António, em Portela Susã, longe dos circuitos mediáticos, este velho resistente ainda encanta multidões. Parece mesmo ter sete fôlegos como os gatos.


Augusto Baptista



Almocreve e Soldados em cânticos de adormecer, o público irrompe numa vozearia súbita. Busco a causa do desassossego, perscruto à volta. Na ala Norte, junto ao coreto, há alvoroço; Palhaços aos pinotes, vassoura alçada. Penso em desacato, altercação repentina e rija. No entrecruzar de correrias, entrevejo uma carroça puxada a burro. E dela logo saltam dois campónios andrajosos, sobraçando sacolas. Um deles transporta uma caixa de madeira com furinhos. O público abre alas e, lestos, os recém-chegados sobem a rampa de acesso ao tablado. Provocação?

Cristãos e mouros assistem, mudos. Rápido, os intrusos apropriam-se de microfone e, voz alterada, vociferam, andarilham, pulam. Acampam no sobrado, puxam de pão e de enchidos, de garrafa de tinto e da naifa, comem, bebem, palram demorada lengalenga em verso, a propósito da gente e das coisas da terra. E dão palmadas sonoras na caixa de madeira com furinhos, de onde sobressai um rabo hirto: gineto embalsamado?

O palco é deles. À volta, o público abre as goelas em perdida risota, ergue-se nas cadeiras, delira com os impropérios e desmandos dos figurões. A canalhada comprime-se na borda do estrado. Os mais chegados, implicantes, batem-me nas pernas, numa avidez de visão.

Às cambalhotas, nas palhaçadas e nos comes e bebes, os tainantes. Rapa de isqueiro, um; o outro sugere cortar rodelas do rabo saído da caixa de madeira, como se fora chouriço. E rebolam, espolinham-se no chão de pau. Voz enrolada nos morfos, um deles grita:



O cabrito acabou

E também o cabrão

Agora não sei se vou soltar

Um burro ou um leão!



À volta, os olhos arregalam-se, ansiedade concentrada. Os corpos comprimem-se contra os limites do tablado. Nas cadeiras, tudo em pé. Num gesto inesperadamente preciso, a chama do isqueiro roça a caixa, o rabo... o pêlo... É agora! E a tensão cresce numa desmesura de mãos a baterem-me nas pernas. E de gritos: sai da frente!

E logo um silêncio. Um silêncio insólito. E o pasmo. O pasmo de dois olhos vivos a saírem da caixa, rastejantes: um gato! É a explosão da barulheira. Como um raio, o bicho corre. Sombra apardaçada, rasga o tabuado em ziguezagues felinos, embrenha-se na multidão.

E raspa-se com estampidos secos de bombarda, rasto de tumulto a assinalar a fuga. Pés, pernas aos pulos, o terreiro revolve-se em ouradas correrias, abre-se em clareiras, em gritos e gargalhadas. No turbilhão demencial, aos estoiros, a serpentear de pânico, sempre a estoirar, o gato.

Isto é cruel!

Ninguém me ouve.





Um Rei fogueteiro



Domingo claro, quinze de Agosto de 1999, desemboco no centro de Portela Susã, pequeno povoado entre Barcelos e Viana do Castelo: o largo, uma rasgada avenida até à igreja; à esquerda, arvoredo de copa larga, palco à sombra; do outro lado, o cemitério. Entre campas, um fogueteiro. Abordo-o.

Fico vagamente a saber que ainda é cedo... auto só depois da procissão... quatro e meia... O resto do discurso vai-se no estralejar do foguetório. Mortos e vivos em sossego, diz chamar-se Baltazar Rodrigues, ser construtor civil e vir todos os anos de França participar na comédia: é o Rei Turco.

Tenho a ponta que procurava. Apressado, «preciso de me ir vestir», resume a intriga: «A minha mulher vai pedir trigo fiado ao Almocreve, que é o chefe dos cristãos, para pôr uma loja de padeira. Mas ele não vai na conversa. Depois mando lá os meus vassalos. Para entrar, chamam um Doutor de Leis. Entram, há guerra e morremos todos... Depois vem o Barb...». Cresce de ritmo, a anunciada procissão espreita no fundo da avenida. «Vem o Barbeiro e o Enterrador para nos mandarem para a cova... aparece um Anjo e faz-nos ressuscitar. Eu ainda luto com ele... mas depois deixo que ele me baptize... e acaba tudo em bem».

A Fanfarra dos Escuteiros de Mujães encabeça a procissão. Seguem-se os andores, o pálio e, por fim, em solene pára-arranca, a banda. Com dificuldade o senhor Baltazar transpõe o rio sacro, fura a margem apinhada, estouga o passo rumo ao vestiário. Eu na peugada.

Lá chegados, quinhentos metros acima, já na estrada deambulam os cristãos. Almocreve, o chefe, é Valeriano da Costa Cunha, homem de meia idade, funcionário público, armado de espada. Tem sapato preto, camisola interior e peúgas brancas. De resto as calças de meia perna com folhos rendados, o manto, a redonda barretina tudo nele é amarelo. Até o sorriso: «Pediram-me à última da hora para fazer isto. Eu fui bastantes anos, mas depois larguei de ser. Estou com um bocado de receio».
Despreocupados parecem estar os seus oito moços, farda militar e bivaque, jovens quase todos. À cintura trazem cartucheira e sabre de pau. Por perto, descansam as espingardas. Rui Manuel da Costa e Silva, operário como quase todos os camaradas de armas, explica a guerra que os espera: «Cantamos todos juntos e algumas vezes só dois a dois. Vão dois, outros dois, sempre assim até aos oito. Também dançamos e ralhamos. E quando eles (os turcos) vêm para nós, temos de lhes mandar tiro». Esclarece: «É cartucho verdadeiro, só não leva chumbo. É com farinha milha. E atiramos para o ar».

Mais descansado, oiço o Anjo, aluno do Externato das Neves, «onze anos quase a fazer», cabeleira postiça pelos ombros, manto azul, branca vestimenta pelos pés, asinhas e auréola celestial. Espera-o uma empresa e pêras, apesar da comprida varinha de condão com que brinca, entre dedos: «Falo muito. E quando estão todos mortos tenho de os ressuscitar».

Lateral, recostado ao muro, o Porta-Bandeira. José Marques da Silva, 59 anos, nos batiments em França, herdou do falecido pai o papel. E, como ele, é homem de poucas falas: «Falo só um bocadinho, quando vamos para a batalha». Mas, a deduzir pelo atavio, a acção vai ser suada. Barrete vermelho tronco-cónico na cabeça, veste alvo balandrau a três quartos; da cintura para baixo, refulgem o magenta das calças, fole rés ao joelho, e o branco da perna ao léu, tirantes cruzados de cabedal a treparem das sandálias. De cristão, em boa verdade e de aspecto, só se lhe vêm as cruzes de pano azul, estampadas no peito e nas costas. E na bandeira.

Em bando desordenado, os turcos descem a estrada, apressados. Os estantes, todos cristãos, organizam-se. Chega a banda, chegam mordomas e mordomos, o ensaiador e gente grada da comissão. E não tarda que partam todos, marciais, embalados pela contradança cristã. A abrir caminho, os Palhaços.

Cristãos no tablado, a banda vai buscar os antagonistas, reunidos logo abaixo.

Do senhor Baltazar fogueteiro, o Rei Turco só herdou os óculos. As barbas, hirsutas e muito pretas, amarradas às orelhas, escondem o rosto e contrastam com as cãs que a alta barretina vermelha deixa a descoberto. As calças, fole na canela, são vermelhas. Azul é o manto.

Evidência de cor, discrição de decote e de ornamentos tem o vestido, azul até aos pés, de Goreti Assunção Torres, 23 anos, Padeira, no palco e na profissão. Da touca escarlate pende-lhe sobre as costas uma mantilha branca. Na mão, freme um leque de sevilhana.

Igual vestimenta têm os dois Vassalos turcos: manto claro, calça rubra, colete a condizer com o amarelo das espadas. Na cabeça, inevitável, o vermelho de uma carapuça mourisca.

À mão esquerda do Rei Turco, seu esposo, posta-se a Padeira ou Fêmea, como aqui lhe chamam. A ladeá-los, os Vassalos. E partem, luzidios, ritmo marcado pela contradança turca. Duzentos metros volvidos, no terreiro, a banda cala-se. A toque de caixa os turcos aproximam-se, cristãos aos tiros. Não tarda o frente a frente dos exércitos sobre tábuas, público a ferver em redor.





Não tem comparança



Em Portela Susã, povoação minhota muito próxima de Neves e de Palme, o Auto de Santo António integra várias intrusões, embutidas no discurso principal: a velha luta entre a cristandade e a mourama. Depois do episódio do gato, o primeiro, a que aqui se chama soltar os burros, outros dois se lhe sucedem, estes mais integrados, com uma acção burlesca que serve o desenvolvimento da intriga estruturante. É o caso da intervenção do Doutor de Leis e do Criado do Doutor, terminando com a presença do Enterrador, do Barbeiro e do Criado do Barbeiro.

As três representações intercalares têm um texto improvisado, não incluído no manuscrito antigo, publicado pelo padre Maurício Guerra, em 1980. (1) Os comediantes, nestes episódios, dispõem de uma larga margem de inventiva. O mais óbvio objectivo destes momentos laterais é, através da comicidade, introduzir tempero ao monótono discurso principal. Um tanto como faz Brutamontes nas vizinhas representações de Floripes: em Palme, sobretudo, e nas Neves.

Já o Almocreve e o Rei Turco, a Padeira e os Vassalos, os Soldados e o Porta-Bandeira enfim, cristandade e sarracenos têm falas com o texto fixo e antigo. Constantes serão também as músicas, quer do caixa, quer da banda de Barroselas, executante das contradanças: n.º 1, dos cristãos; n.º 2, dos turcos. Papel importante na comédia é também o dos Palhaços: dois mascarados grunhidores, dançantes e armados de vassouras, feitas de galho de eucalipto e de giestas, «para picar os pés às pessoas e abrir caminho».

E há ainda o ensaiador. Desta tarefa e desde há anos, se encarrega António José da Costa Rêgo, «mas toda a gente me conhece por António da Garrida», 68 anos, reformado: «Em 1973, o senhor Fernando Ribeiro Gomes, na altura presidente da Junta, escreveu-me para França para eu vir cá reanimar isto». Foi apelo irresistível.

No exercício da função, o senhor António da Garrida não se queda pelos bastidores. Desfila no grupo dos cristãos e, depois, salta para o palco, actua. Está-lhe reservado papel importante. Como os microfones são poucos, assegura a passagem do testemunho entre comediantes. E, nos tempos livres de responsabilidades sonoras, atento, dirige as danças, murmura falas. É ponto móvel.

Os passos da representação e o texto sabe-os de ponta a ponta. Em 1954, foi componente, «escrevi e decorei tudo». Mesmo assim, «para a rapaziada nova estudar nos ensaios», usa cópia do auto publicado pelo padre Maurício Guerra, ob. cit., «para evitar trabalho».

A representação do Auto de Santo António revela afinidades com a do Auto da Floripes, nas Neves, e com a do Drama dos Doze Pares (ou Auto de Floripes), em Palme. Isto apesar de me garantirem em Portela Susã que não tem comparança: «A nossa dança é muito diferente. Nós dançamos lateralmente e eles lá é retaguarda e frente». Também o texto, os componentes, a intriga, diferem muito. E só aqui ocorrem os episódios intercalares, alheios à insanável dialéctica cristãos-mouros.

Mas, todas estas representações «mourismas coreo-dramáticas», como em relação às Neves se referiu Rebelo Bonito se desenvolvem com a mesma disposição dos componentes em palco (em Portela Susã, cristãos a Poente, turcos a Nascente), todas têm duração aproximada (cerca de duas, duas horas e meia), todas se animam com recurso às mesmas contradanças muito embora nas Neves sejam executadas por duas bandas e, em Portela Susã, seja ausente em palco a contradança dos cristãos: «Não tem ritmo para nós». Também em todas estas comédias os soldados cristãos recorrem (recorreram, nas Neves), no combate com os turcos, aos tiros de espingarda. Por fim, não falta em Portela Susã o anjo ressuscitador, à semelhança do que se passa em Palme.
O texto, apesar das diferenças, inclui uma passagem muito próxima em todas as representações. Em Portela Susã:



Vassalos (turcos)

Meu Rei, meu Senhor, fujamos

Lá por essas partes d'além

Porque quem foge sempre vence

Nós sempre ficamos bem.



Rei Turco

Não ficamos bem nem nada,

Considerai-o bem nos termos:

Se nós agora fugirmos

Que risota não faremos.



Vassalos (turcos)

Meu Rei, meu Senhor não tema,

Nem tenha mais que temer,

Que à força destas nossas espadas

Nós guerra havemos de vencer.



Em Palme, conforme manuscritos de João Sá e de Sousa e Sá, recolhidos e publicados por Maurício Guerra (2):





Soldados (cristãos)

El-rei meu senhor fujamos,

Por esse mundo além.

Que quem foge sempre vence,

Todos nós ficamos bem.



Rei (cristão)

Não nos fica bem nem nada,

Considerai-o bem nos termos,

Se nós d'aqui retirarmos,

Que risadas não teremos.



Soldados (cristãos)

El-rei meu senhor não tema,

Nem tenha mais que temer,

Nós lá vamos para o campo,

Suceda o que suceder.



Nas Neves, ainda segundo recolha de Maurício Guerra (3):



Soldados (turcos)

Meu rei, meu senhor, fujamos

Por esse mundo além;

Que quem foge sempre vence,

Todos nós ficamos bem.



Balaão

Não ficamos bem nem nada,

Considerai bem os termos;

Se nós agora fugirmos,

Que risada não teremos.



Soldados (turcos)

Meu rei, meu senhor, não tema,

Nem tenha mais que temer;

Vamos lá para a batalha,

Suceda o que suceder. (4)





Só susto



No Auto de Santo António, é posto em palco o velho antagonismo entre cristãos e mouros, a pretexto de razões económicas: vender ou não trigo fiado. O conflito de interesses entre mercadores (os cristãos) e os clientes (os mouros) enreda-os numa guerra religiosa. O texto sugere que os integrantes de ambos os campos são alheios à povoação. Os cristãos estão de passagem, para comerciar, os turcos aqui vêm para comprar. Ambos os grupos são de fora, estranhos, exteriores à comunidade, na circunstância a festejar o Santo António.

As outras personagens Lavrador, Doutor de Leis, Barbeiro, Enterrador, Criados correspondem a uma intrusão local em guerra alheia. Não desfilam, integrados em qualquer dos dois lados da guerra.Trazem ao palco, de modo solto, autonomamente, os problemas da terra; prestam assistência jurídica aos turcos, contra os cristãos; dispõem-se, a pedido do Almocreve, a barbear e a enterrar o Rei turco. Sendo cristãos, pragmáticos, prestam serviço aos dois campos antagónicos, a troco de dinheiro. É a supremacia do material sobre o espiritual, a terrena sobrevivência diária a sobrepassar valores religiosos e diferendos celestes, estes também aqui desencadeados em razão do vil metal.
A princesa Floripes das Neves e de Palme (filha do Almirante Balão) tem similitudes com a Fêmea (Padeira ou Esposa do Rei Turco) de Portela Susã: todas foram há anos representadas por um homem; todas são mulheres de poucas falas e decisivas na acção; todas sugerem em cena o papel determinante da mulher minhota na economia familiar, num quadro agrário e tradicional.

Também o combate entre o Almocreve e o Rei Turco, no Auto de Santo António, remete-nos, nas teatralizações das Neves e de Palme, para uma transfiguração da luta entre Oliveiros e Ferrabrás, ou, noutro patamar, entre Carlos Magno e o Almirante Balão.

Por tudo isto, reconhecendo no inconciliável antagonismo cristãos-mouros papel essencial na caracterização do Auto de Santo António, ponderadas as inter-influências Neves/Portela Susã/Palme no texto, nas contradanças, na representação, nas soluções cénicas resta concluir que também no Auto de Santo António se respira a atmosfera da História do Imperador Carlos Magno, e dos Doze Pares de França, obra entre nós traduzida por Jerónimo Moreira de Carvalho, no século XVIII.
É claro que em Portela Susã os ecos do texto oitocentista são remotos, a recriação muito afastada do entrecho original. É um dado objectivo: identidade, não demérito.

O Auto de Santo António resistiu a vicissitudes e ao tempo, numa bolsa de esquecimento. Maurício Guerra situa a origem da representação há cerca de duzentos anos. O mesmo autor estima datar por volta de 1900 o manuscrito mais antigo conhecido, redigido por Manuel Gonçalves da Tore (sic) (1861-1922). Testemunhada, a primeira representação remete-a para cerca de 1918. Depois, com interregnos, diz ter a comédia subido ao tablado até 1955, para só ser reatada em 1973. A partir daí e até 1978, manteve-se ininterruptamente em activo. (3) E «até aos últimos cinco anos segundo o senhor António da Garrida houve quase sempre. Depois parou. E agora houve o ano passado e este».
À acção deste homem e ao entusiasmo dos conterrâneos muito se deve a preservação da comédia. E também à paixão dos muitos emigrantes entre eles vários actores que de França, de Andorra, de muitos destinos no Mundo, aqui arribam em Agosto.
Mas o gato! O gato aos estoiros! Não seria possível preservar a tradição, a cultura, a comédia, sem tamanho sacrifício? Com detalhes pirotécnicos, o ensaiador explica: «O gato vai armar ao fogueteiro. Aquilo tem um rastilho e as bombas vão numa embalagem. Depois incendeia-se a pólvora e as bombas rebentam uma por uma, maiores, mais pequenas, sempre a estoirar umas atrás das outras». Mas isso é cruel! «Não senhor! Então eu não expliquei?! O bichinho não sofre nada. É só susto. A esta hora já deve estar em casa».




(1) Auto de Santo António - Vitória dos cristãos, Conversão dos turcos, in Separata de Cenáculo n.º 72 da 2.ª série, ano XIX, Jan.-Março de 1980.



(2) Auto da Floripes nas Neves e em Palme, Separata de "O Distrito de Braga", Vol. V, da 2.ª Série (IX), 1982, pág. 24.



(3) Auto de Santo António - Vitória dos cristãos, Conversão dos turcos, pág. 11.



(3) Obra citada na nota (2), pág. 27 e 29.



(4) Das três quadras transcritas, referentes ao auto das Neves, só esta última integra a recolha de Leandro Quintas Neves, publicada em: Auto da Floripes, Comissão de Festas das Neves, 1963, pág. 14.




Publicado na Adágio, nº 27, Junho/Julho de 2000